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Recente pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) aponta que 85% dos trabalhadores com carteira assinada, aposentados e pensionistas pretendem utilizar o 13º salário para o pagamento de dívidas. “Essa é uma das opções mais aconselháveis, mas também é muito importante se organizar para evitar novos endividamentos”, alerta a contadora Roberta Salvini, coordenadora da Comissão de Estudos de Contabilidade Gerencial do Conselho Regional de Contabilidade do RS. Segundo ela, em especial nos casos mais complexos, o assessoramento de um profissional da contabilidade é uma ajuda valiosa para essa organização.
De acordo com Roberta Sailvini, o mais aconselhável é planejar como aplicar esse dinheiro, priorizando o pagamento ou a renegociação de dívidas que permitam “limpar o nome”, caso esteja negativado. A preferência deve ser pela quitação das contas que têm juros mais altos, em particular as decorrentes de cartões de crédito e de cheque especial, cuja média média ultrapassa os 300% ao ano.
Outro modo de usar o 13º salário para economizar é antecipar parcelas de financiamentos, obtendo redução dos juros. Mas, não se podem perder de vista as despesas fixas do mês de janeiro, como IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares, nos quais os pagamentos antecipados também podem representar economia de taxas de juros.
Roberta Salvini indica, ainda, que é melhor ter cautela no consumo, evitando deixar as compras para a semana do Natal, quando os produtos ficam mais caros. Se houver uma sobra de recursos, procurar iniciar uma reserva também pode ser um presente para toda a família.