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O aperfeiçoamento dos sistemas de fiscalização eletrônica nos últimos anos apertou o cerco contra os fraudadores do fisco, e deixou clara a importância de departamentos fiscais nas empresas, com profissionais especializados em garantir o cumprimento das leis e de regulamentos externos e internos. “Neste contexto, o compliance tributário pode auxiliar as empresas em suas prestações de contas e a manter as finanças em dia”, considera o auditor independente Paulo Ricardo Alaniz, conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. “Vista anteriormente apenas como um setor responsável pela gestão de problemas e despesas, a área de governança corporativa tributária vem ganhando espaço, na medida em que vai sendo percebida a sua influência no desempenho dos negócios”, afirma o auditor.

Segundo ele, o dimensionamento de uma estrutura de compliance tributário é estratégico para que este não seja um custo desnecessário e sim um investimento capaz de reduzir os riscos de uma autuação futura do fisco. No caso das grandes companhias, via de regra é necessária a manutenção de uma equipe com profissionais da contabilidade, advogados e escriturários, mas, em se tratando de pequenas e médias empresas, como é a maioria dos casos no Brasil, a contratação de assessorias profissionais e de auditorias externas tem se mostrado uma alternativa eficaz.

“O mais importante é a implementação de um processo de mudança cultural, estabelecendo-se um novo paradigma, de acordo com o qual o empresário e os profissionais que integrarem a equipe de governança corporativa tributária estejam alinhados, com o foco na estratégia e na longevidade do negócio”, explica Paulo Alaniz.

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