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Entidades empresariais criam campanha de conscientização contra o comércio informal. Prefeitura será apoiadora.

Um total de doze entidades representativas do setor produtivo de Santa Maria vem trabalhando na criação de uma campanha de conscientização contra o comércio informal na cidade. O projeto foi apresentado à Prefeitura  Municipal na manhã desta quarta-feira (23) durante encontro do chamado “Conselho dos Presidentes” formado por líderes das principais entidades empresariais locais.

A iniciativa é decorrência da crescente tomada da cidade por parte de informais e ambulantes que comercializam produtos de toda espécie, principalmente no centro da cidade. O que representa um prejuízo à economia local e ao setor público, não apenas no que tange à arrecadação de impostos, mas também à geração de empregos.

Por entender que se trata de uma campanha com objetivo de conscientizar a população sobre os malefícios coletivos e individuais de fazer compras no comércio informal, a Prefeitura Municipal foi convidada a apoiar a ação. Assim fica demonstrada a união de esforços públicos e privados contra essa prática que vem se tornando predatória a vários setores da sociedade.

O convite foi aceito prontamente pela equipe de secretários e vice-prefeito que participaram da reunião: “as entidades empresariais de Santa Maria estão de parabéns pela forma propositiva criada para atacar o problema e também pela maneira positiva como a campanha deve abordar o tema. Podem contar com a gente”, enfatizou o vice-prefeito Rodrigo Décimo.

A campanha

A campanha levará o título “O Barato Sai Caro: Diga Não ao Comércio Informal”, em alusão ao fato de que economizar alguns reais em produtos sem procedência, advindos do comércio informal, traz prejuízos maiores a curto, médio e longo prazo, em vários aspectos. 

Durante a campanha, serão exibidos conteúdos em vídeo e reportagens que mostram os principais malefícios individuais e coletivos causados pelo consumo de produtos advindos do comércio informal. Tais como a evasão fiscal e sua resultante falta de dinheiro para investimento público em saúde, segurança e educação; a queda na geração de empregos formais; e o financiamento a organizações criminosas que se retroalimentam do comércio informal. 

Outro aspecto importante é que em paralelo à campanha serão abertos cursos profissionalizantes e de qualificação, gratuitos, como alternativa para que os informais possam ter acesso ao mercado formal de trabalho, inclusive com o encaminhamento de seus currículos às empresas associadas às entidades que encabeçam a campanha.

Quais entidades realizam a campanha

São realizadoras da campanha “O Barato Sai Caro: Diga Não ao Comércio Informal” um total de doze entidades representativas: Cacism; CDL Santa Maria; Sindilojas Região Centro; AHTURR; SHRBS; SIMMMAE; ASSIM; Sinduscon; Espaço Contábil; Sindigêneros; Associação Rural de Santa Maria; e Secovi Centro Gaúcho. A Prefeitura Municipal assinará a campanha como apoiadora. 

O comércio informal no Brasil e em Santa Maria.

Em um levantamento realizado em 2019, antes da pandemia, estima-se que o município deixava de arrecadar R$ 1 bilhão por ano em impostos, por conta de produtos comercializados de forma ilegal e serviços prestados de forma irregular. Apesar de serem números não oficiais, levantados através de informações e estimativas feitas por economistas, sem a existência de dados concretos, se confirmado, significa que o orçamento da Prefeitura para investimento público em saúde, segurança, educação, infraestrutura, cultura, acolhimento social, entre outros, poderia ser o dobro.

Já no Brasil, segundo estimativa do Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FCNP), em 2020, o Brasil perdeu cerca de R$ 287 bilhões em arrecadação para o comércio informal. Já no que diz respeito a empregos, o Brasil fechou 2022 com um recorde: 40% dos trabalhadores brasileiros estão na informalidade. Grande parcela deles advindos do comércio informal. 

Mas números tão assustadores só são possíveis com uma demanda equivalente. Uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria ainda no ano de 2015 mostrou que mais da metade dos brasileiros adquirem produtos sem procedência, oriundos de ambulantes ou de lojas informais. 

Texto: Guilherme Bicca
Foto: Elisandra Negrini

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